Quando se é assalariado e se faz um trabalho que se detesta (como era o meu caso até ao ano passado), só se espera uma coisa: fins-de-semana a curto prazo e férias a longo prazo. Trabalhamos até à exaustão durante 47 semanas para podermos gozar 5 semanas de "descanso" a cem milhas por hora, só para não perdermos nada. O Corrida de ratos precisamente quando é suposto estarmos a fugir dela... A corrida é muitas vezes ainda mais frenética, dado o tempo relativamente curto disponível. Mesmo assim. É preciso, tenta-se desfrutar, há mesmo momentos muito bons e, quando se regressa ao trabalho, já se está a pensar nos próximos.
Mas agora que saí do mercado de trabalho, vejo as coisas de forma completamente diferente. Há quase um ano que passo os meus dias não seguindo ordens de outra pessoa, mas de acordo com as minhas próprias aspirações. Sou livre de definir o meu horário como bem entender. Como um bom INTJO tempo é muito importante para mim. Preciso dele para desenvolver as minhas ideias. Esta é uma das razões pelas quais o mundo do trabalho não me convinha: ocupava demasiado espaço na minha vida. Como estou constantemente a ter novas ideias, preciso de espaço para as desenvolver e pôr em prática.
Por isso, quando chegam as férias escolares de verão, o jogo é totalmente diferente. É preciso elaborar um calendário para manter as crianças ocupadas e planear mil e uma actividades com elas para evitar que se aborreçam. Como resultado, o tédio muda de lado. Que paradoxo: quando eles têm tempo para eles próprios, aborrecem-se. Quando eu não tenho, aborreço-me. Pior ainda, quanto mais me aborreço, mais a minha cabeça se enche de ideias que não tenho tempo para desenvolver. E o tédio é agravado pela impaciência...
Mas não nos enganemos: tenho aqui um grande problema. Em primeiro lugar, porque apesar de tudo, gosto de estar "aborrecido" com os meus filhos. É sempre mais divertido brincar com eles do que aturar o mau humor do patrão. E depois, dentro de algumas semanas, as férias vão acabar e vou ter muito tempo para desenvolver as novas ideias que estão a correr na minha cabeça.
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Fui diretor de uma empresa durante 18 anos, depois de 22 anos como empregado.
Como diretor de uma empresa, era pior porque havia muito menos férias.
Tudo depende da sua posição enquanto trabalhador por conta de outrem em relação à empresa que gere.
Já são 3 semanas passadas em piscinas e parques temáticos. Estou a chegar ao fim 🙂
Olá, Jerónimo. Aproveita bem as férias com os teus filhos. Na altura, parece que estamos a perder algum tempo, com actividades que não teríamos necessariamente escolhido. Mas serão recordações maravilhosas para toda a vida. Com eles, o tempo voa. Quando estiverem na corrida dos ratos, não terão tempo para o pai. Além disso, gostaria de lhes criar uma carteira individual em nome próprio. Os bancos recusam porque são demasiado jovens! Alguma ideia? Imaginem o impacto que poderia ter na vida deles, se um pai criasse uma carteira para eles a partir dos 10 anos!
Sim, pensei nisso, mas acabei por decidir que o mais simples era continuar a investir por minha conta, porque mais cedo ou mais tarde tudo voltará para eles sob a forma de financiamento da educação, doações e heranças.
Tive a mesma ideia e, desde 1 de janeiro deste ano, o meu filho tem uma conta na UBS que eu administro livremente até ele atingir a maioridade (está oficialmente em seu nome como titular) e que está investida num ETF UBS 100 INDEX FD CH. Trata-se de um ETF sobre as 100 maiores empresas suíças.
Custos baixos e, assim que houver 20,00 ou mais na sua conta, são diretamente investidos.
Aqui tem, se isso lhe der alguma pista...