Portanto, não é surpreendente que a curva de felicidade esteja no seu nível mais baixo entre os 40 e os 50 anos de idade. Dinheiro não compra felicidade e aqui temos provas mais do que óbvias. Pelo contrário, com as responsabilidades que isso implica, ele preferiria não ter sorte. O rato está perdido no seu labirinto, muito longe da porta da frente, muito longe da saída, ligado como nunca à sua vida de trabalhador-consumidor.
Muitos nesta fase tendem a ficar ainda mais agitados ou vocais. Ao fazer isso, eles se esgotam desnecessariamente. Porém, uma coisa pode salvá-los: tempo. Com efeito, com o passar dos anos, os filhos crescem, o capital que se acumula permite cobrir tempos difíceis, as dívidas diminuem, a necessidade de consumir e, portanto, as despesas também tendem a diminuir.
No trabalho o mais difícil já foi cumprido, provamos do que somos capazes e podemos começar a ver a bandeira da vitória no horizonte: a aposentadoria. Do ponto de vista pessoal, começamos a ver as coisas com mais perspectiva e desapego. Colocamos em perspectiva os grandes objetivos de vida que estabelecemos para nós mesmos quando éramos mais jovens. Podemos não ter alcançado todos eles, mas no final das contas o resultado não é tão ruim, mesmo que nossos grandes sonhos de infância não tenham sido realizados. E os pais de quem deveríamos cuidar começam a ir embora, deixando-nos um pouco tristes, claro, mas também muito menos preocupados.
Resumindo, com o tempo as responsabilidades vão diminuindo, e isso é muito bom. Quando somos jovens procuramos por eles, porque significam, pelo menos aparentemente, autonomia. Mas mais tarde, quando entendemos como funciona, fugimos deles. E aí, a partir dos 50 anos, começa a funcionar. Como resultado, milagrosamente, a curva da felicidade sobe novamente, atingindo o seu pico logo após a idade da reforma... Surpreendente, não?
Em última análise, somos mais felizes durante a nossa existência fora da vida profissional... Isto mina alguns princípios do modo de vida ocidental, especialmente o trabalho.
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