Hoje damos início a uma série de 13 artigos sobre o fenómeno que está no cerne de qualquer abordagem que vise alcançar independência financeira : lá Corrida de ratos. Literalmente, a corrida desenfreada. É preciso imaginar esse pequeno animal de laboratório agitado em sua gaiola, sob o efeito das diversas drogas injetadas. No fim do túnel, a morte sempre o espera. É então que lhe abrimos o estômago, retiramos as suas vísceras e analisamos os efeitos dos diferentes tratamentos a que foi submetido.
Falando figurativamente, a corrida dos ratos representa o ser humano perdido nos labirintos da sociedade de consumo. Voluntariamente ou não, ele também recebeu tratamentos químicos. Mas, ao contrário do rato, não é apenas manipulado pelas drogas, mas também, e sobretudo, pelas ideias. Marketing, moda, política, sobrecarga de informação, redes sociais, publicidade, rastreamento na internet, objetos conectados… hoje o consumidor superou o rato em todas as áreas de experimentação. Ele não tem mais escapatória.
A corrida dos ratos em humanos: necessidades ilimitadas
Graças à tecnologia digital, a informação chega e sai dele constantemente. Em casa, no escritório, na estrada, no bolso, no pulso e até enquanto dorme... Pior, ao contrário do rato, cujas necessidades permanecem primárias e materiais, as necessidades dos seres humanos são ilimitadas. Além de apenas comer, beber, dormir e se reproduzir, também possui necessidades sociais e de realização. Estes são mais difíceis de satisfazer do que os primeiros.
Para satisfazer todos os seus desejos, despertados ou não, o ser humano deve, na sociedade de consumo, pagar por eles e, portanto, trabalhar. Quanto mais ele consome, mais paga e, portanto, mais trabalha. Muitas vezes, ele ainda tem que trabalhar cada vez mais para comprar o mesmo bem ou serviço devido à queda no seu poder de compra. Estamos, portanto, testemunhando um círculo vicioso de trabalho-consumo. Isto leva o homem ocidental a fazer cada vez mais para adquirir aquilo de que necessita, ou melhor, aquilo que acredita necessitar.
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Obrigado por este primeiro artigo que retrata a nossa vida em sociedade e o desconforto de tantas pessoas que, no entanto, têm tudo o que precisam nos nossos países ditos civilizados.
Muitos vivem como pássaros em uma gaiola dourada, muitos desempenhando um papel em vez de viverem suas vidas, como no Show de Truman.
Como podemos manter o foco no que é essencial e manter a nossa independência de espírito com todo esse ruído de fundo desnecessário que constantemente nos oprime e nos leva a consumir?
Aguardo com expectativa a leitura do resto e espero que consiga delinear algumas ideias que nos permitam transformar o círculo vicioso do excesso de trabalho – consumo excessivo num círculo virtuoso. 🙂
Obrigado pelo seu comentário perspicaz.
Com certeza darei algumas dicas!