Seu último aumento salarial

Quando foi a última vez que seu chefe lhe deu um aumento? Há dois anos? E quanto? Quebrando tudo 0.5%? E você teve que pedir várias vezes a ele uma reavaliação do seu salário antes de ele se envolver? É tudo natural. Seu chefe, mesmo que você seja um jogador-chave e queira mantê-lo, também deve garantir os lucros de sua empresa (e aliás o pagamento do próprio salário). Portanto, nada ou quase nada o leva a aumentar você de forma regular e consistente.

Alguns beneficiam certamente de uma parte variável dos rendimentos, em função da concretização de determinados objectivos, nomeadamente financeiros, podendo assim aumentar a sua remuneração. Mas atingir estes limites cada vez mais elevados é conseguido, na maioria dos casos, à custa de um investimento de tempo e de stress cada vez mais significativo e insuportável.

E aí no final, depois de ter lutado muito para conseguir um aumento modesto, boa parte vai parar de qualquer maneira nos cofres do Estado, entre encargos sociais retirados diretamente do salário e impostos. Você molha a camisa e no final é o time adversário quem embolsa a aposta. Mesmo assim, tudo isso é muito desmotivador.

Com dividendos crescentes, é muito mais divertido. Você não faz nada e recebe pelo menos 10% de aumento por ano. Nos 16 anos que já trabalhei (meu deus já são muitos), só consegui uma vez um aumento maior, mudando de emprego. Com dividendos crescentes, é automático e sempre vencedor, desde que você selecione títulos de qualidade.

É também uma forma de saborear os encantos da vida da elite, que bebe copiosamente todos os anos, enquanto a massa de trabalhadores trabalha o dia todo só para ter que apertar o cinto no final do mês.

Obrigado, queridos dividendos, por nos permitirem viver um pouco como reis 😉