Uma vocação... Isso diz-lhe alguma coisa? Talvez tenha tido uma desde criança? Ou talvez conheça alguém cujo destino lhe tenha sido traçado há muito tempo? Médico, bombeiro, polícia, advogado... Para algumas pessoas, a escolha é clara muito rapidamente. Para mim, pelo contrário, nunca foi óbvia. Ainda hoje, após 14 anos na mesma profissão, não tenho a certeza de ter sido talhado para ela. Pelo contrário, estou cada vez mais convencido de que não foi a escolha certa. Mas isso não importa.
Escolhi a minha profissão um pouco por acaso, um pouco por maldade também. É certo que adquiri um gosto por ela, por força das circunstâncias, e até uma certa perícia, mas dizer que acordo todas as manhãs com uma banana na boca é um passo que não daria.
Atualmente, trabalho pela primeira vez para um empregador que confia nos seus empregados e os valoriza. Depois de anos a suar a camisa em grandes empresas onde os empregados são apenas números, estou de volta a um mundo onde todos podem dar um verdadeiro contributo. É uma sensação óptima e o ambiente geral é muito positivo. É como estar com a família ou com os amigos. Em suma, é um ótimo momento.
E, no entanto, sei no meu coração que não fui feito para esta profissão. Terei perdido a minha vocação algures? Terei perdido um trabalho que teria adorado fazer? Talvez sim. Ou talvez não...
Gosto de escrever e gosto de finanças. Por isso, o meu blogue não existe por acaso. Mas é claro que é impossível ganhar a vida com ele. Será que cada uma destas paixões, consideradas separadamente, poderia ter-se tornado uma profissão? Jornalista ou consultor de investimentos? Bem, talvez. Ou talvez não. Já me dediquei um pouco à primeira, sem ficar realmente convencido. Quanto à segunda, é difícil saber se um dia poderia fazer parte dos tubarões das finanças...
No fim de contas, acho que o único emprego que sempre me esperou de braços abertos foi o de reformado ;-)...
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Se, por definição, uma profissão é o exercício por uma pessoa de uma atividade num domínio profissional com vista a uma remuneração, podemos dizer que um reformado é uma profissão? Para o descobrir, consulte o livro eletrónico "Profession d'un rentier".