Como um mercado em baixa pode se tornar uma oportunidade única para investidores

mercado baixistaEstes últimos dias não pouparam as carteiras dos investidores. Os mercados americano, europeu e suíço sofreram graves correções, devido a políticas orçamentais acomodatícias durante demasiado tempo. Certamente podemos viver além das nossas possibilidades por um tempo, mas quando isso se torna um hábito e sempre queremos mais e mais, chamamos isso de vício e então se torna totalmente problemático.

Os países desenvolvidos estão a envelhecer e temos de encontrar uma forma de pague o aposentadoria muitos vovô boomers. Viveram anos prósperos em comparação com as gerações seguintes e, ao problema do seu número, acrescenta-se o do nível de vida que devem mais ou menos ser capazes de manter. Quer o sistema de pensões se baseie na distribuição de recursos ou na capitalização, isso não muda muito. Por um lado, os trabalhadores são descontados do seu salário para pagar uma anuidade aos reformados, por outro lado, pagam renda a uma caixa de previdência que paga uma anuidade ao reformado. Chapéu branco, chapéu branco. Ok, ainda tem os felizes donos lá no meio que entenderam tudo do sistema...

Por outro lado, queríamos tanto fazer com que as classes médias e baixas acreditassem que a sociedade de consumo estava totalmente aberta a elas, que levamos o crédito ao excesso, permitindo empobrecê-las ainda mais em benefício dos mais ricos. Os políticos de esquerda não se saíram melhor porque ao querer garantir o serviço público para todos, nivelamos a qualidade por baixo, ao mesmo tempo que aumentamos os custos.

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Em suma, tudo isto para dizer que as nossas sociedades envelhecidas estão mal porque o crescimento não pode vir nem da juventude, nem da riqueza das classes médias, nem do Estado quem já fez muito. No entanto, toda crise traz coisas boas. Permite corrigir disfunções e começar em novas bases. Podemos criticar os mercados pela pressão que exercem sobre os governos para que tomem medidas de austeridade, mas é a única maneira de colocar políticos que têm apenas uma visão de médio prazo enfrentando suas responsabilidades.

Do lado das ações, a boa notícia é que estamos gradualmente a aproximar-nos novamente de níveis de avaliação acessíveis. Os resultados da empresa são bons, ou mesmo excelente. A partir de 2 de agosto, o relação entre a capitalização de mercado total e o PIB Os EUA situaram-se assim em 90,5, praticamente na zona de avaliação considerada correta. Lembre-se que estes momentos têm sido raros desde 1997. Pior ainda, desde essa data o mercado esteve moderadamente desvalorizado em apenas duas ocasiões, no início de 2003 e no início de 2009. Isto significa que partimos de muito alto e que estamos ainda hoje pagando a euforia do final dos anos 90. Warren Buffett também o tinha previsto, pouco antes do rebentamento da bolha da Internet. Todos o chamavam de “já foi”.

A outra boa notícia é que a subida estratosférica do CHF face ao dólar e ao euro tem forçou o banco nacional suíço a sair do seu buraco, com taxa próxima de zero e aumento da liquidez. Já era hora. É um bom começo, embora provavelmente não seja suficiente. Daniel Kalt, economista-chefe do UBS, acredita que o BNS poderia tentar uma nova operação cambial, como em 2010. No ano passado, isto custou ao banco central quase CHF 20 mil milhões, mas dada a taxa de câmbio actual, a operação seria agora apropriada, segundo ele. Ele também acredita que a intervenção do Banco do Japão no mercado cambial também poderá levar a um declínio do franco. Também se levantam vozes no mundo político para que o governo suíço também tome medidas contra o franco forte.

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Estávamos preocupados com janeiro passado já na avaliação de mercado. É claro que não poderíamos ter conhecido naquela altura os problemas que se seguiram (Fukushima e dívidas governamentais). Porém, o que sabemos, e é óbvio, é que quanto mais caro compramos, mais riscos corremos. Da mesma forma, se nos concentrarmos em títulos cíclicos ou com beta elevado, expomo-nos à queda do preço das ações ainda mais fortemente do que o mercado. Por esta razão, as posições longas do nosso portfólio eram minoria até agora (mas retrospectivamente dizemos que poderiam ter sido ainda mais) e sobretudo apostam em títulos defensivos, o que nos permitiu vencer o mercado S&P 500 e o CAC 40. Estamos do outro lado sempre ruim com CHF como moeda de referência, devido à força da moeda suíça.

Com a aproximação de uma valorização mais atractiva das acções, e também a esperança de que a moeda suíça pelo menos comece a estabilizar, as oportunidades tornar-se-ão grandes para comprar empresas sólidas que pagam dividendos a um preço baixo. Isso significa obter um melhor rendimento de um determinado capital. É assim que o investimento em dividendos deve ser considerado: o rendimento vem em primeiro lugar, o preço é secundário. Assim, vivenciamos melhor as fases de baixa porque os pagadores de dividendos são menos sensíveis ao mercado, mas além disso podemos adquirir novas fontes de rendimento a baixo custo. É paradoxal, mas o investidor orientado para os dividendos deve alegrar-se com um mercado em baixa. Para isso, é claro que ele deve focar em empresas de qualidade! Podemos fazer aqui uma comparação com o investimento emimobiliária : períodos de declínio são oportunidades de comprar por um bom preço, o que trará pagamentos mensais e poderá ser revendido muito mais tarde, quando o mercado estiver melhor.

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4 pensamentos sobre “Comment un marché baissier peut devenir une opportunité unique pour les investisseurs”

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    Boa noite,

    Não acredite que o SNB possa ter qualquer influência nos preços de médio/longo prazo do CHF! Na verdade, quando isto acontecer, veremos uma subida das moedas face ao CHF, mas em quanto? (se voltarmos a 1,30 para o EUR/CHF, já estará muito bom e nem chegaremos à paridade para o USD/CHF) E por quanto tempo? (alguns dias antes de retornar à tendência atual)
    A única coisa que pode inverter a tendência do CHF é os investidores recuperarem a confiança nas economias europeia e americana. Dados os números decepcionantes que aparecem regularmente, isso pode levar algum tempo...

    Você já pensou em proteger seu portfólio contra a queda de sua moeda usando ETFs ou produtos derivativos? Isto poderia ser mais eficaz.

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      Olá Paulo-Marcel,

      e obrigado mais uma vez pelo seu comentário interessante. Não espero uma queda significativa do CHF, mas pelo menos uma estabilização, que nos permitiria focar nos preços e não mais nas moedas. Como já leram, tenho trabalhado há algum tempo para diversificar a minha carteira com outras moedas, nomeadamente o CHF. Procuro também ações que reajam positivamente à queda do dólar.

      Não me sinto confortável com produtos derivados.
      Em relação aos ETFs, isso me interessa. Já pensei no GLD, mas não consigo me imaginar comprando ouro agora. Você tem alguma outra sugestão?

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    Olá Jerônimo,

    Você poderia alocar parte do seu portfólio para o ETF: FXF. Dessa forma, você teria uma forma de minimizar o impacto da queda do dólar em relação ao CHF em sua carteira.

    Em relação aos produtos derivados, se desejar formação, não hesite! lol

    Muitas felicidades.

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      Olá Paulo e obrigado pelo conselho.

      Mas se bem entendi, este ETF apenas replica o CHF. Como minha moeda de referência é CHF, é o equivalente ao meu dinheiro, certo?

      Não existe um ETF deste tipo que reproduza o CHF com alavancagem, como o YCL (do ProShares sobre o Iene)?

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